Crianças precisam de limites! (e nós, adultos, também!)
Manuais que nos ensinam como estabelecer limites existem muitos, cada um deles apresenta sua fórmula infalível que garante limites claros e duradouros, o que a maioria esquece de nos avisar é que nem sempre é tão simples quanto sugerem.
Estabelecer limites (dizer sim, talvez e não!) é habitualmente angustiante e desgastante, afinal estamos aqui para ampliar limites, descobrir e criar novas alternativas e as crianças testam os limites e, mais ainda, nossa paciência.
Limites começam a ser aprendidos no inicio da vida do bebê e, por mais que pareça complicado, tudo acontece tão naturalmente que nem nos damos conta.
Quando, durante a amamentação, um dos peitos esgota ou a mamadeira acaba, quando a brincadeira precisa ser interrompida para trocar a fralda, quando a música acaba, quando a mãe sai, quando é hora de ir embora da casa da vovó, … essas e outras situações cotidianas são os primeiros sinalizadores de que os limites existem, sejam fisiológicos, temporais e/ou comportamentais estão presentes em nossas vidas desde muito cedo.
Se nos damos conta dessas experiências e aproveitamos para aprender com cada uma delas tornamos a tarefa de ensinar limites mais simples e corriqueira.
Quando o bebê cresce, vira criança, e os primeiros limites já fazem parte de sua vida, é chegada a hora de apresentar os limites comportamentais e atitudinais e esses sim são trabalhosos de ensinar.
Limites são importantes sinalizadores do que é esperado e aceito nas relações humanas, e as crianças precisam dessas referências para aprenderem a viver em sociedade e a respeitarem a própria individualidade e, também, cada um de nós.
As referências, as regras, o sim e o não devem ser objetivos e consistentes, apresentados com frases curtas, sem explicações muito longas e complexas (que mais confundem do que esclarecem!) e em linguagem e tom de voz que faça sentido para a criança.
Os limites, as regras, as atitudes e os comportamentos devem ser coerentes e não mudam de acordo com o estado de humor e os interesses imediatos dos adultos. Uma regra é sempre a mesma regra, vale para crianças e adultos e não muda de acordo com as circunstâncias.
Adorei, acredito piamente em limites. Bjs e parabéns!